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 “Na
juventude o artista traz a sabedoria de uma alma sábia... Seus instintos
mais íntimos são transmutados para os traços que surgem de suas mãos...
ora através de lápis de cor, com a tranqüilidade da infância, ora
através de óleo sobre tela, como ensinam os adultos. A realidade de suas
telas são inusitadas! Movimentos... olhares... traços... técnicas
anônimas desenvolvidas pelo próprio artista, então porque não chamá-las
de... a arte de Adriano!”
O ubatubense e inusitado artista plástico Adriano Oliveiro dos Santos,
25, profissional e artisticamente conhecido como Adriano Art é uma
dessas raridades na história da arte. Acredito que seja um presente
divino para nós aqui na terra, que temos a honra de apreciar suas
criações! Artistas registram as épocas e suas tendências e têm a grande
oportunidade de livremente criá-las... Muitos reproduzem exatamente
aquilo que aprenderam, o artista não, este ousa! É exatamente o termo
que usamos para criança, muitas vezes com tom de repreensão: “Criança,
você está fazendo arte!”. A arte é exatamente isso, ultrapassa nossos
limites; é recriar o criado, e o que em alguns casos a sociedade não tem
como padrão, intitulado como o certo, então é como descobrir o
descoberto aplicando-o com amor... instinto... dedicação... e... arte.
Adriano se recorda que desde sua infância gostava de pintar e desenhar.
“Pintar é a minha vida!”, diz. Sempre que está fazendo qualquer coisa,
se tem um lápis ou caneta por perto, instintivamente quando percebe está
traçando figuras. Ele diz que sempre foi assim. Adriano nunca estudou ou
se interessou pela história da arte propriamente dita, o pouco que sabe
sobre o assunto foi ouvindo as pessoas do ramo. Assim ele é um
indescritível autodidata, sua sábia alma o guiou para traços e técnicas
aperfeiçoadas por ele. O artista nato criou técnicas de lápis de cor que
parecem verdadeiras pinturas.
Quando começou a produzir óleo sobre tela, como sempre ousou e criou uma
técnica até hoje anônima, a qual só saberei classificar como ‘a arte de
Adriano’, pois nunca se soube de tê-la visto em outro lugar. É tão
fantástico que lhe rendeu uma recente menção honrosa no salão de artes
de Guará.
 É
importante ressaltar que em tão pouco tempo que participa de exposições
e salões, desde o ano de 2000, ele já foi inúmeras vezes premiado com
grande êxito em salões de cidade do estado de São Paulo, porém que
concorreram com artistas de todo o país.
Para ganhar a vida, ele dedica todo seu tempo em seu escritório ateliê
“Adriano Art”, onde trabalha há quatro anos com estamparia, comunicação
visual e art-grafia. Dedica-se a pintura apenas à noite, pois esta na
verdade é um dos alimentos de sua alma. Sempre no anonimato, um dia um
cliente e hoje amigo o estimulou a participar do primeiro Mapa Cultural,
em 2000, através da Fundart. Daí começaram a aparecer os primeiros
convites.
Ele lamenta apenas não poder viver exclusivamente da pintura; enquanto
isso, trabalha como design gráfico.
Em sua arte explora diversos estilos tanto acadêmico quanto moderno e,
às vezes, surreal sem contar o seu próprio, onde gosta de registrar as
figuras caiçaras, índios, a fauna e flora brasileira.
Quem quiser conhecer um pouco mais este exímio talento caiçara é só
procurá-lo na rua Antônio Marques do Valle, 420 ou pelo fone:
(12)3832-4733.
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